A desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua subindo, atingindo 53% dos eleitores, de acordo com dados da pesquisa PoderData, divulgada nesta quarta-feira (19/03). O levantamento mostra um avanço em relação ao mês de janeiro. No Nordeste, tradicionalmente um reduto eleitoral do petista, o apoio caiu drasticamente, com a diferença entre os que aprovam e os que desaprovam Lula passando de 20 pontos percentuais em 2023 para apenas 4 pontos percentuais agora.
A pesquisa também revela que o presidente perdeu apoio significativo, principalmente entre grupos afetados por suas falas mais ambíguas. A avaliação positiva do trabalho do presidente entre as mulheres despencou de 45%, em janeiro de 2023, para 21% nesta rodada.
Apesar de uma estratégia mais focada na comunicação desde a mudança na Secom, o governo ainda enfrenta desafios. Em 2024, Lula atribuiu a queda na avaliação à falta de uma comunicação eficiente, o que levou à demissão do então chefe da Secom, Paulo Pimenta. O novo responsável pela pasta, Sidônio Palmeira, reformulou a estratégia, decidindo que seria benéfico para o presidente se expor mais publicamente.
No entanto, esse esforço de comunicação foi marcado por algumas gafes e declarações controversas. Entre os episódios mais citados está o comentário de Lula, durante a posse de Gleisi Hoffmann como ministra das Relações Institucionais, em que disse tê-la escolhido por ser “uma mulher bonita”. Além disso, o presidente chamou o líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães, de “cabeçudão do Ceará”.