Arte/Cidasc
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) publicou o calendário do vazio sanitário do maracujazeiro para o ano de 2025. A medida, que integra o plano estadual de prevenção e controle da principal virose da cultura, terá início em 1º de julho de 2025.
O vazio sanitário consiste na eliminação total das plantas vivas de maracujá-azedo (Passiflora edulis) por um período mínimo de 30 dias, de forma sincronizada dentro de cada região produtora. Esta ação visa interromper o ciclo de disseminação do Cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV), causador da doença conhecida como “endurecimento dos frutos”, que compromete a qualidade, reduz o rendimento da polpa e torna o fruto inadequado para o comércio.
A ação encontra respaldo legal na Instrução Normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) n.º 5/2014, que reconhece o vazio sanitário como ferramenta oficial de defesa sanitária vegetal para controle de pragas e doenças não quarentenárias de interesse econômico. No âmbito estadual, a implementação está embasada na Portaria da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) n.º 17/2022 e na Lei Estadual n.º 17.825/2019, que rege o Sistema de Defesa Sanitária Vegetal de Santa Catarina.
A definição das datas e regiões foi construída em parceria com pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), extensionistas, lideranças do setor produtivo e secretarias municipais de agricultura, considerando o histórico de monitoramento das safras anteriores. A manutenção do calendário entre 2024 e 2025 evidencia a maturidade e o sucesso da adoção do vazio sanitário, agora em sua sexta edição consecutiva.
O endurecimento dos frutos é considerado a principal virose do maracujazeiro no Brasil e no mundo, destacando-se pelo seu alto potencial destrutivo e rápida disseminação. A doença é transmitida principalmente por mudas infectadas, pela ação de pulgões vetores e por inoculação mecânica via ferramentas de poda contaminadas.
De acordo com Alexandre Mees, engenheiro-agrônomo e gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (Dedev) da Cidasc, “a eliminação das plantas de maracujá reduz as fontes de inóculo para os pulgões transmissores, garantindo que a nova safra se desenvolva em ambiente fitossanitário mais seguro, prolongando a sanidade dos pomares e minimizando perdas econômicas”, explica Mees.
Durante o período do vazio sanitário, as equipes da Cidasc intensificarão as ações de fiscalização, orientação técnica e educação fitossanitária para garantir a eficácia da medida e prevenir irregularidades.
A ação preventiva acontece em três etapas, conforme as regiões produtoras:
Santa Catarina se destaca como o terceiro maior produtor de maracujá do Brasil. A adesão dos produtores às orientações fitossanitárias é crucial para proteger a produção estadual, garantir a qualidade dos frutos e manter a competitividade no cenário nacional.
Mais informações na página oficial do Programa Estadual de Sanidade do Maracujazeiro da Cidasc.
Mais informações:
Jornalista Alessandra Carvalho
Assessoria de Comunicação
Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc)
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